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Ordenanças Bíblicas – Dízimo

Leia sobre a prática do dízimo na Bíblia, sua origem, ensinamentos de Jesus e a diferença entre dízimo e oferta. Continue a leitura para descobrir mais.

O que é o Dizimo?

O que é o Dízimo?

O termo “dízimo” tem suas raízes no hebraico antigo, onde é conhecido como “ma’aser” (מַעֲשֵׂר). Essa palavra deriva do verbo “asar” (עָשַׂר), que significa “separar” ou “retirar uma parte”. Portanto, no contexto hebraico, o dízimo simplesmente significa “uma décima parte” ou “uma parte separada”.

No contexto bíblico, os israelitas praticavam o dízimo, destinando uma décima parte dos rendimentos para sustentar sacerdotes, levitas e ajudar necessitados na comunidade.

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Assim, o termo “ma’aser” não apenas denota a proporção específica de uma décima parte, mas também carrega consigo a ideia de separação e consagração para o serviço religioso e social. Essa prática refletia a crença dos israelitas na providência divina e no reconhecimento de que tudo o que possuíam vinha de Deus.

Portanto, ao entender o significado hebraico do dízimo, podemos apreciar sua natureza tanto como um ato de devoção religiosa quanto como uma expressão de responsabilidade social e comunitária. É uma prática que vai além da mera contribuição financeira e envolve uma consciência profunda da presença e provisão de Deus na vida do indivíduo e da comunidade.

Qual a Origem do Dízimo?

A origem do dízimo remonta aos tempos do Antigo Testamento, sendo fundamentada nos registros bíblicos, em especial no livro de Gênesis. Neste livro, é relatada a oferta de uma décima parte dos bens por Abraão a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. Essa ação estabeleceu um precedente significativo para a prática do dízimo.

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Posteriormente, na lei mosaica, o dízimo foi formalmente instituído como uma obrigação para os israelitas. Esta prática tinha como propósito o sustento dos levitas, sacerdotes responsáveis pelo serviço religioso, bem como o financiamento das atividades do templo e das necessidades da comunidade religiosa. Assim, a origem do dízimo está profundamente enraizada na estrutura religiosa e social do povo hebreu, refletindo sua devoção e responsabilidade para com Deus e sua comunidade.

De acordo com essas instruções, Deus orientava os israelitas a separarem uma décima parte de seus rendimentos, seja das colheitas, dos rebanhos ou de outras fontes de renda, para dedicá-la ao serviço do Senhor. Eles designavam esses recursos para sustentar os levitas, que não possuíam terras ou heranças, mas eram responsáveis pela administração das atividades religiosas, e para suprir as necessidades do templo, garantindo assim o funcionamento adequado da adoração e dos rituais religiosos.

Essa prática do dízimo estava intrinsecamente ligada à vida religiosa e social de Israel, refletindo sua responsabilidade para com Deus e sua comunidade. Era considerada não apenas uma obrigação legal, mas também uma expressão de devoção, gratidão e confiança na provisão divina. Assim, a origem do dízimo é inseparável da história e da fé do povo de Israel, evidenciando sua relação especial com o seu Deus e seu compromisso com os valores religiosos e morais.

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O que é o Dizimo?

O Que Jesus Ensinou sobre o Dízimo?

Nos ensinamentos de Jesus registrados nos evangelhos do Novo Testamento, Ele aborda a prática do dízimo em diferentes ocasiões, oferecendo insights significativos sobre sua interpretação e aplicação. Jesus confronta fariseus sobre dízimo, destacando justiça, misericórdia e fé como questões fundamentais.

Em uma passagem registrada no evangelho de Mateus (23:23), Jesus critica os fariseus, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Devíeis, sobretudo, praticar estas virtudes, sem omitir aquelas.”

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Nessa repreensão, Jesus destaca a hipocrisia dos líderes religiosos que cumpriam meticulosamente a prática dar a décima parte, mas negligenciavam as questões mais fundamentais da fé, como a justiça e a misericórdia. Ele enfatiza que a obediência a Deus vai além dos rituais e exige transformação interior, expressa em amor e compromisso.

Além disso, Jesus oferece uma ilustração poderosa do espírito por trás do dízimo no relato do “pobre viúva” no evangelho de Marcos (12:41-44). Neste episódio, Jesus observa uma viúva pobre que contribui com duas pequenas moedas como oferta no templo, contrastando-a com as doações ostensivas dos ricos. Ele elogia a generosidade da viúva, destacando que ela deu tudo o que tinha, enquanto os outros deram apenas uma parte de sua abundância.

Esses ensinamentos de Jesus sobre o dízimo ressaltam a importância não apenas da prática externa, mas também da atitude do coração por trás dela. Ele nos desafia a ir além do cumprimento formal de obrigações religiosas e a cultivar uma fé genuína que se expressa em amor ao próximo e compromisso com os valores do Reino de Deus. Assim, o ensino de Jesus nos convida a uma reflexão profunda sobre nossas motivações e prioridades na vida espiritual.

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Onde Está Escrito na Bíblia Sobre os 10% do Dízimo?

Apesar de não especificar a porcentagem do dízimo, a palavra “dízimo” em si sugere uma décima parte. A prática de dar 10% como dízimo é derivada desta interpretação, juntamente com outros princípios bíblicos sobre ofertas, generosidade e cuidado com os necessitados.

Em Levítico 27:30, estabelece-se que “todos os dízimos (décima parte) da terra, tanto dos cereais quanto das frutas, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor”. Essa declaração ressalta a santidade do dízimo e sua separação para o serviço e a obra de Deus.

Em Malaquias 3:10, Deus convoca seu povo a trazer os dízimos para sua casa, prometendo bênçãos abundantes em retorno. Ele diz: “Tragam o dízimo (décima parte) todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova”, diz o Senhor dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las”.

A Bíblia não especifica a porcentagem do dízimo, mas entregar uma décima parte é uma tradição baseada nesses ensinamentos. Assim, tornou-se um padrão para os praticantes como expressão de fé e obediência a Deus.

É Obrigatório dar o Dízimo?

A questão da obrigatoriedade do dízimo é frequentemente objeto de debate e dúvida entre os fiéis. É importante compreender que, do ponto de vista bíblico, não é uma obrigação imposta de forma coercitiva, mas sim uma expressão de fé e consciência cristã.

O dízimo não é uma barganha da igreja, mas uma prática que reconhece que tudo pertence a Deus. Em outras palavras, é uma forma de reconhecer a soberania de Deus sobre nossas vidas e recursos materiais, demonstrando gratidão por suas bênçãos.

Ninguém deve ser coagido ou pressionado a entregar o dízimo; trata-se de uma decisão pessoal, motivada pela fé e pela compreensão dos princípios cristãos. A Bíblia enfatiza a importância da generosidade voluntária e da motivação sincera do coração ao contribuir para a obra de Deus.

Portanto, enquanto o dízimo não é compulsório no sentido legalista, ele é encorajado como uma prática de devoção e obediência a Deus. Cada indivíduo deve refletir sobre sua própria fé e consciência, buscando contribuir de forma voluntária e generosa, conforme suas possibilidades e convicções pessoais.

Por Que Devo Contribuir com o Dízimo?

Dar o dízimo é uma expressão de gratidão e honra a Deus por Suas bênçãos. É uma prática que reconhece que tudo o que temos vem Dele. Seja o nosso trabalho, nossas habilidades ou a própria vida, tudo é um presente de Deus.

Ao dar o dízimo, mostramos nossa confiança em Deus como provedor e nossa dependência Dele em todas as áreas de nossas vidas. Além disso, é uma forma tangível de expressar nossa gratidão por Suas provisões diárias.

É importante entender que o dízimo não se resume apenas a dinheiro. É uma demonstração de nossa adoração, confiança e obediência a Deus. Ele não precisa do nosso dinheiro, mas nos convida a participar de Sua obra no mundo através do sustento de Sua igreja e do apoio aos necessitados.

Ao praticarmos o dízimo, não apenas estamos cumprindo um mandamento bíblico, mas também estamos investindo no Reino de Deus e em Seus propósitos na Terra. É uma maneira de viver em generosidade e em consonância com os valores divinos.

Em resumo, dar o dízimo é mais do que uma prática financeira; é um ato de devoção, uma expressão de confiança e uma forma de participar ativamente do plano de Deus para abençoar o mundo.

Dízimo versus Oferta: Entendendo as Diferenças

O entendimento das diferenças entre dízimo e oferta é crucial para uma prática financeira significativa dentro das comunidades religiosas. Embora ambos envolvam contribuições financeiras para a obra religiosa, existem distinções importantes em sua natureza e propósito.

Dízimo: Uma Contribuição de Dever Religioso

Como já vimos, O dízimo é uma contribuição financeira que consiste em uma décima parte dos rendimentos de uma pessoa. Essa prática tem suas raízes no Antigo Testamento e era uma obrigação religiosa para os israelitas, destinada a sustentar o sacerdócio levítico e as atividades do templo. As pessoas veem o dízimo como uma expressão de fidelidade a Deus e uma forma de garantir a provisão para os ministros religiosos e o funcionamento das instituições religiosas.

Oferta: Uma Contribuição Voluntária e Espontânea

Por outro lado, a oferta é uma contribuição financeira que vai além do dízimo e é caracterizada por sua natureza voluntária e espontânea. Enquanto o dízimo é uma porcentagem fixa dos rendimentos, a oferta pode ser qualquer quantia que uma pessoa deseje doar, sem uma porcentagem específica. Fiéis geralmente oferecem ofertas em resposta a necessidades da igreja, obras missionárias ou como expressão de gratidão e generosidade pessoal.

Resumindo as Diferenças

  • O dízimo consiste em uma décima parte dos rendimentos, enquanto a oferta é voluntária e pode ser de qualquer quantia.
  • No Antigo Testamento, o dízimo sustenta o sacerdócio e atividades religiosas, enquanto a oferta tem várias finalidades na comunidade religiosa.
  • As pessoas veem o dízimo como um dever religioso e uma expressão de fidelidade a Deus. As ofertas expressam generosidade, gratidão e apoio à igreja.

Em suma, embora tanto o dízimo quanto a oferta envolvam contribuições financeiras para a obra religiosa, suas diferenças fundamentais residem na natureza definida do dízimo e na natureza voluntária da oferta, bem como na destinação específica de cada uma dentro da comunidade religiosa.

Conclusão

Em conclusão, o dízimo é uma prática enraizada na tradição religiosa cristã, mas sua aplicação vai muito além de uma mera obrigação financeira. É uma expressão de fé, gratidão e responsabilidade para com Deus e sua comunidade. Enquanto o dízimo representa uma décima parte dos rendimentos, a oferta é uma doação voluntária que demonstra generosidade e apoio a iniciativas específicas da igreja.

O dízimo não é uma barganha ou imposição coercitiva, mas uma resposta voluntária ao reconhecimento da soberania divina. Jesus ensina a ultrapassar o legalismo, cultivar fé genuína e expressar amor ao próximo e compromisso com o Reino de Deus.

Ao entender as diferenças entre dízimo e oferta, percebemos que ambos desempenham papéis complementares na vida da igreja, sendo oportunidades para participar ativamente da obra de Deus e apoiar o crescimento e desenvolvimento da comunidade de fé.

Ao praticarmos o dízimo com generosidade, investimos no reino de Deus e contribuímos para sua obra na terra. Que possamos abraçar essa prática com gratidão e comprometimento, sabendo que estamos fazendo parte de algo maior do que nós mesmos.


Fonte: Editora Betel Ordenanças Bíblicas

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