Será Que Verdadeiramente Amamos a Deus?

Muitos dizem que amam a Deus, mas será que, de fato, O amamos à luz da Palavra? Será que esse amor é verdadeiro? É muito fácil dizer que amamos a Deus, mas como nossas atitudes demonstram esse amor? A seguir, vejamos algumas situações que mostram se nosso amor a Deus é de fato verdadeiro:

1. Amor ao próximo:

Quando falamos sobre amor ao próximo, lembramos daquela pergunta de um fariseu ao Senhor: “Quem é o meu próximo?”
Jesus traz a parábola do bom samaritano para falar de amor. É de conhecimento popular que samaritanos e judeus não se davam bem naquele tempo. E um samaritano parar seu percurso para ajudar um estranho — que ainda por cima era inimigo — nos ensina muito sobre amor.

Amar não é um sentimento, nem uma vontade emocional; é uma atitude racional de se dispor por alguém, independente de quem for. Amar alguém que te ama de volta é fácil. Amar alguém por status é fácil. Agora, amar alguém que não pode retribuir, ou amar alguém que te odeia, é muito mais difícil.

A Palavra diz que, se afirmamos amar ao Senhor, mas aborrecemos o nosso irmão, então nosso amor não é verdadeiro (1 João 4:20). Como podemos amar alguém invisível e não amar aquele que vemos todos os dias?

Mesmo como cristãos, precisamos aprender a amar ao próximo. E quem é o nosso próximo? É todo aquele que cruzar o nosso caminho: familiares, amigos, irmãos, vizinhos e desconhecidos que surgem no ônibus, na rua, na faculdade, no trabalho, etc.

Que possamos exercitar nosso amor a Deus amando essas vidas que nos cercam. Se fizermos isso, estaremos mais próximos de dizer que, de fato, amamos a Deus.

2. Amor ao mundo: 

O mundo sempre será atrativo para aqueles que o observam: ele oferece riqueza, bens, amores, fama, etc. Se não tivermos cuidado, seremos seduzidos e levados por esses desejos. A partir do momento que entregamos nossa vida ao Senhor e aceitamos segui-Lo, precisamos entender que nem tudo nos é lícito.

O mundo tem sua própria crença, seus valores e seus comportamentos. Se tentarmos aderir a esses padrões para agradá-los, para nos sentirmos pertencentes ou para não sermos excluídos das rodas de amizade, estaremos cada vez mais distantes de Deus. Sua Palavra é clara: amizade com o mundo é inimizade contra Deus. (Tiago 4:4)

O texto bíblico não diz para sermos ativistas religiosos nem para vivermos fechados em uma “bolha gospel”, mas para vivermos no mundo sem deixar que o mundo viva dentro de nós.

Então, como podemos dizer que amamos a Deus quando vivemos de acordo com o padrão mundano? Nosso amor certamente é enganoso. Quem ama a Deus não ama o mundo.

3. Amor ao dinheiro:

Dinheiro é um assunto muito polêmico, principalmente no meio cristão. Não é de se admirar que muita gente se tornou serva do dinheiro, como se ele fosse o seu deus.

Quando a Bíblia fala sobre isso, ela não demoniza o dinheiro, nem diz que é pecado um crente ser rico. Isso, ao meu ver, é uma crença limitante. O crente pode ter dinheiro e ser bem-sucedido. Mas onde seu coração estiver, ali estará o seu tesouro (Mateus 6:21). Não podemos permitir que o dinheiro nos torne orgulhosos, vaidosos, arrogantes, presunçosos e cheios de frutos da carne.

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Na passagem do jovem rico, Jesus diz: “Se quiser me seguir, venda tudo o que tem e dê aos pobres.” (Mateus 19:21) O jovem fica muito triste, pois tinha muitas riquezas. O que isso significa? Que ele não queria abrir mão do que tinha por Deus. Seu coração já tinha um dono.

Repito: ter dinheiro não é pecado. Pecado é ser escravo dele. A partir do momento em que mentimos, enganamos ou manipulamos para ganhar mais dinheiro, o que isso diz sobre nós? Será que podemos dizer que amamos a Deus sendo servos de Mamom? Ou é um, ou é outro. Não dá para ter dois senhores.

4. Desobediência habitual:

E por fim, Jesus declarou em João 14:15 que, se O amamos, devemos obedecer aos Seus mandamentos. Mas afinal, o que é desobediência?

Tudo aquilo que fazemos que vai contra o que o Senhor nos ensinou é uma forma de desobedecer a Deus: mentir, roubar, enganar, viver segundo a vontade da carne de maneira liberal e irresponsável. Ao fazermos isso, de maneira consciente ou inconscientemente, estamos entristecendo o Espírito Santo.

Quando essas práticas se tornam comuns em nossa vida — quando mentir se torna natural, quando as fofocas fazem parte do nosso ciclo de conversas — como podemos dizer que amamos a Deus? Será que esse amor é verdadeiro? Ou estamos nos enganando?

Reflexão final

Quando dizemos que amamos a Deus, essa afirmação, com base em tudo o que vimos, é verdadeira? Será que precisamos melhorar nossos comportamentos para que esse amor seja mais real diante de Deus?
Naquele grande dia haverá muitas surpresas. Muitos dirão: “Senhor, eu preguei, eu curei, eu evangelizei”, mas Deus olhará e dirá: “Apartai-vos de mim, porque eu não vos conheço.” (Mateus 7:22-23)

Se de fato amamos a Deus, precisamos amá-Lo enquanto estamos vivos e lutar para viver esse amor dia após dia. É uma escolha racional que fazemos e que se reflete na maneira como pensamos e agimos neste mundo. Que possamos refletir sobre isso e buscar sermos melhores. E que, a cada dia, possamos amar a Deus um pouquinho mais.


 

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